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Advogado de Cabinda preso e impedido de sair do país


Praça da Independência, Luanda
Praça da Independência, Luanda

Francisco Luemba foi posto em liberdade no final da manhã domingo, depois duma noite encarcerado

O advogado angolano Francisco Luemba foi detido pela DNIC – Direcção de Investigação Criminal – no aeroporto de Luanda, sábado à noite, e conduzido à prisão.

A policia alega que Francisco Luemba está interdito de viajar pelo facto de estar implicado no atentado contra a equipa do Togo.

Mas Luemba, membro da Ordem dos Advogados de Angola, foi absolvido daquelas acusações, a 8 de Janeiro passado ano, por decisão do Tribunal Constitucional, depois de ter permanecido uma ano na prisão.

Luemba deslocava-se a Lisboa para tratar de doenças contraídas, enquanto esteve na prisão.

Francisco Luemba foi posto em liberdade no final da manhã domingo, depois duma noite encarcerado. Aquele activista cívico confirmou que a polícia revistou alguns dos seus bens e dizia estar a procura de documentos eventualmente comprometedores, segundo palavras suas, apesar de não especificar quais eram, nem a natureza dos mesmos.

O advogado pretendia seguir ontem para Lisboa e foi surpreendido com a ordem de interdição, seguida da sua detenção.

Segundo fontes contactadas pela VOA, a ordem de soltura teria sido dada por Carlos Feijó, Ministro de Estado e chefe da Casa Civil da Presidência da República, a quem foi reportado o sucedido da noite anterior.

Francisco Luemba encontra-se numa unidade hoteleira, que não especificou, mas sem o passaporte, apesar de ter-lhe sido garantido que seria devolvido nas próximas horas.

Esta não é a primeira vez que um político ou activista cívico é no aeroporto internacional, impedido de deixar o país, por alegadas ordens superiores postadas no sistema informático dos serviços de migração.

Raul Danda é membro do parlamento, culpa o sistema de justiça pelo sucedido. Francisco Luemba e Lanso Tati, dois activistas cívicos e membros da extinta Mpalabanda, ao lado do padre Raul Tati, já estiveram detidos por 11 meses, acusados de envolvimento num ataque a caravana desportiva do Togo, ocorrido em Janeiro do ano passado.

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