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Visita de Lagarde a Luanda tem valor simbólico e político


A visita do director do Fundo Monetário Internacional, FMI, Christine Lagarde, a Lunda tem um valor simbólico, concordam economistas angolanos que contudo discordam sobre o se verdadeiro significado.

Reacções ao acordo FMI Angola -1:56
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Para o economista José Coato a visita é uma mera formalidade política.

“O trabalho esse já foi adiantado pelos técnicos, o que a directora geral do FMI vem fazer é no fundo prestigiar o acto, um simbolismo, ou formalismo só", disse afirmando ainda não acreditar que os problemas económicos de Angola possam ser resolvidos pelo FMI.

“É verdade que Angola precisa fazer reformas estruturantes que já há muito se pedem, mas o essencial para mim é que a equipe económica do governo esteja à altura de negociar com o FMI e saber quando acatar ou não alguma medida e implementar sempre que o interesse nacional o exija”, acrescentou afirmando ainda que “para isso é preciso bom senso e mais ponderação"
Já o economista Galvão Branco discorda afirmando que a visita “não deve ser vista assim como mera formalidade, como cortesia”.

“É uma actividade que valoriza, que agrega bastante responsabilidade, para aquilo que vai ser daqui para a frente esta relação entre Angola e o FMI”, disse.

“Não é apenas diplomacia”, acrescentou.

Faustino Mumbica, outro economista fez notar que o governo angolano "infelizmente” tentou sempre “fugir das exigências do FMI no que toca à transparência e rigor na gestão da coisa pública” mas acrescentou que “por outro lado também há exigências que não devem ser aceites por Angola porque não se coadunam a nossa realidade”.

”Refiro-me sobretudo á exigência de se reduzir pessoal da função pública porque sabemos que o nosso problema é outro, tem a ver com falcatruas na gestão dos quadros desta função pública como os fantasmas ou mesmo a forma de remunerar os quadros", acrescentou

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