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Polícia de Moçambique diz não permitir controlo da Renamo nas estradas


Porta-voz da polícia Inácio João Dina
Porta-voz da polícia Inácio João Dina

Anúncio da intenção da Renamo foi feito ontem.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) já reagiu ao anúncio ontem da Renamo de colocar postos de controlo nas principais estradas do país como forma de evitar raptos dos seus dirigentes.

O clima de tensão político-militar tende a recrudescer na região Centro e Norte de Moçambique, onde tem havido relatos de confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e homens armados da Renamo.

O porta-voz do Comando Geral da PRM garantiu que não permitirá a instalação de postos de controlo ao longo da Estrada Nacional.

"Tendo em conta que o mandato da polícia e das Forças de Defesa e Segurança é evitar que haja alteração da ordem pública, haja impedimento da circulação das pessoas e bens no território nacional nestas vias anunciadas que são fulcrais não vamos permitir a instalação destes postos de controlo que a Renamo faz referência", disse Inácio Dina nesta terça-feira.

Dina lembra que só o Estado tem a prerrogativa de repor a ordem na via pública.

"O Estado é que tem o mandato de efectuar o que a Renamo diz pretender fazer, existem postos de controlo oficiais e reconhecidos e os agentes que estão aí são agentes reconhecidos pelo Estado e têm um mandato para tal", reiterou o porta-voz do Comando Geral da PRM, lembrando que "não se reconhece nenhum mandato de uma formação política que não encontrando satisfação no fórum político parta para ameaças e intimidações de acções criminosas, a acontecer é um crime".

Ataque a caravana militar da Renamo
Ataque a caravana militar da Renamo

Face ao desaparecimento de seus membros, antigos generais da perdiz anunciaram ontem a sua intenção de instalar postos de controlo ao longo da Estrada Nacional que liga o Sul ao Sentro e Norte do país

"Colocaremos controlos em todos cruzamentos, entre Inchope e Rio Save, Inchope-Caia e o Rio Zambeze, esses postos de controle vão servir para fiscalizar ou controlar os carros que saem do Sul para o Centro, do Centro para o Sul, do Norte para Sul, assim sucessivamente", disse Horácio Calavete, chefe da mobilização da Renamo em Sofala.

Aquele responsável acrescentou ainda que "serão controlados carros que são suspeitos porque as pessoas que passam a vida a raptar os nossos membros andam de carro, não andam a pé e então será necessário fazer esse controlo"

Em 2013, a Renamo bloqueou a circulação rodoviária no troço Save-Muxúnguè (Sofala), com frequentes ataques a viaturas civis e militares, obrigando a que a circulação se realizasse com proteção de colunas de viaturas através de escoltas militares.

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