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Partidos intensificam campanha em Moçambique


Dlhakama reiterou que não assinará um terceiro acordo de paz.

A campanha eleitoral em Moçambique está na sua máxima força. Daviz Simango, do MDM, defendeu hoje, 16, mais estradas e mecanização da agricultura, enquanto Filipe Nyusi, da Frelimo, levantou a bandeira da energia por ter o país um grande potencial neste sector. Por sua vez, ao entrar na campanha pela primeira vez ontem, Afonso Dhlakama, da Renamo, avisou que não assinará um terceiro acordo de paz.

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O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e candidato à Presidência do país defendeu hoje que o desenvolvimento do país não deve ignorar as zonas rurais e prometeu melhores estradas e agricultura mecanizada.

Em campanha eleitoral na província de Manica, centro de Moçambique, Daviz Simango disse que há uma excessiva concentração de investimentos nas zonas urbanas, motivada pela globalização, marginalizando por completo as zonas rurais.

Simango, que tem favorecido a sua campanha eleitoral nas zonas do interior do país, afirmou estar "escandalizado" pela falta de estradas, que considera essenciais para viabilizar a economia.

"É preciso investir em estradas para baixar o custo de produção agrária. Quando temos boas estradas, gastamos menos tempo para escoar a produção e poupamos combustível, tornando sustentável a agricultura", defendeu Daviz Simango, que prometeu uma agricultura mecanizada para "superar bolsas de fome num país com mais de 70% de terra fértil".

Amanhã, o líder do MDM dirige um comício na cidade de Chimoio, capital da província de Manica.

Por sua vez, o candidato da Frelimo, no poder, Filipe Nyusi começa hoje em Maputo a sua caça ao voto. Ontem, num comício realizado no campo do Desportivo de Tete, prometeu investir na expansão da rede eléctrica e melhorar a sua qualidade, para além de construir a linha de alta tensão para o Malawi.

Filipe Nyusi disse tratar-se de um projecto ambicioso que visa transformar o sector de energia, no qual o país possui um grande potencial. O candidato do partido no poder explicou ainda que a energia de Moçambique é viável, daí que, se for eleito, prometeu mobilizar fundos para investir nesta área.

A Renamo saiu pela primeira vez à rua na vila municipal da Namaacha, província de Maputo, para pedir voto aos eleitores. Nos primeiros 17 dias de campanha, o partido da perdiz concentrou todas suas atenções no modelo porta-a-porta, investindo em acções pedagógicas e explicando as famílias das casas escaladas sobre como proceder no dia da votação.

Ontem, na sua primeira intervenção ena campanha, o líder da Renamo Afonso Dhlakama acusou o Governo da Frelimo de não ter feito nada e questionou com quem vai assinar um novo acordo de paz dentro de quatro anos. Dlhakama reiterou que não assinará um terceiro acordo de paz.

As eleições em Moçambique acontecem a 15 de Outubro.

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