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Papa Francisco diz estar ansioso por encontrar-se com jovens no Quénia


Papa Francisco aguardado no Quénia
Papa Francisco aguardado no Quénia

Human Rights Watch quer que o líder da Igreja Católica aborde o respeito pelos direitos humanos, a violência étnica, a contracepção e o aborto.

O Papa Francisco inicia nesta quarta-feira, 25, a sua primeira visita oficial ao Quénia, Uganda e República Centro-Africana.

Defensores dos direitos humanos dizem esperar que o papa use esta viagem para pressionar os dirigentes daqueles países a respeitarem os direitos humanos, a tolerância religiosa e o respeito das minorias.

No Quénia, Francisco visita a favela de Kangemi, onde fará a sua habitual defesa dos pobres

Durante a viagem, o Papa vai pronunciar-se sobre as alterações climáticas.

No passado, Francisco tem dito que “os mais desfavorecidos são desproporcionalmente afectados pelas mudanças climática”s.

Ainda no Quénia, o líder do Vaticano vai reunir-se com líderes de diferentes religiões, num esforço para atenuar a longa história de violência entre grupos religiosos no país.

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch enviou uma carta ao Papa com uma lista de preocupações que o grupo gostaria que ele abordasse na sua visita aos três países africanos.

As violações dos direitos humanos no Quénia, Uganda e República Centro-Africana é a primeira preocupação da organização, mas, em particular no Quénia, querem que Francisco fale sobre a violência, a manipulação étnica na política e crimes protagonizados pelas forças de segurança que nunca foram levados à justiça.

A Human Rights Watch considera que esses factores alimentaram a crise eleitoral do Quénia de 2007 e 2008, que deixou mais de mil mortos e centenas de milhares de deslocados.

A organização também pediu ao Papa para abordar a discriminação contra a população somali no Quénia, que tem sido alvo da acção das forças de segurança do país.

Mas há mais assuntos que a organização quer ver analisados pelo Papa Francisco como a política da Igreja Católica em relação ao uso de preservativos e o aborto que, segundo a Human Rights Watch, afecta principalmente mulheres e meninas.

A segurança do Papa é outro tema que preocupa muitos dirigentes, no momento em que atentados terroristas acontecem a todo o mundo e em todos os continentes, particularmente em África.

Antes de deixar o Vaticano, o Papa Francisco disse que “leva uma mensagem de encorajamento às pessoas”.

O líder da Igreja Católica lembrou que “vivemos numa época em que os crentes e pessoas de boa vontade em todos os lugares, são chamados a promover a compreensão e o respeito mútuo, e apoiar uns aos outros como membros da família humana”, porque, para ele, “todos nós somos filhos de Deus”.

Francisco diz colocar uma ênfase especial no encontro que manterá com os jovens porque “constituem o nosso maior recurso e esperança para um futuro promissor de solidariedade, paz e progresso".

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