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Angola: Insegurança alimentar deve piorar este ano, diz Relatório Mundial sobre a Crise Alimentar


Campo agrícola, Benguela, Angola
Campo agrícola, Benguela, Angola

Relatório Mundial sobre a Crise Alimentar diz que um milhão e 300 pessoas enfrentaram insegurança alimentar aguda em 2023

A insegurança alimentar deve piorar em Angola neste ano, onde um milhão e 300 mil pessoas enfrentaram níveis elevados de insegurança alimentar aguda no ano passado.

Os dados estão no Relatório Mundial sobre a Crise Alimentar, divulgado nesta quarta-feira, 24, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas, União Europeia e mais 13 instituições.

O possível aumento dos níveis de insegurança alimentar aguda neste ano "reflete a expetativa de fraca precipitação durante a época de colheita de 2023/24, as baixas reservas alimentares das famílias e a inflação persistente dos alimentos e dos combustíveis".

O relatório indica que os efeitos combinados de anos consecutivos de condições meteorológicas secas, incluindo durante a época de 2022/23, "reduziram significativamente a produção agrícola, que é a principal fonte de alimentos para as famílias rurais no sudoeste" de Angola, onde as províncias do Cunene, Huíla e Namibe foram classificadas em Crise (o terceiro nível mais elevado da FAO) em 2023.

O relatório estima que 1,2 milhões de pessoas enfrentaram escassez de água que também levou ao saneamento e higiene precárias.

Os analistas esperam ainda condições climáticas secas para esta época e avisam ser “provável que as chuvas fracas conduzam a uma baixa produção agrícola e agravem os níveis agudos de insegurança alimentar em 2024".

Com baixa produção, a desvalorização da moeda nacional, o kwanza, e eliminação dos subsídios aos combustíveis “contribuíram para aumentar os custos de produção e distribuição", de acordo com o relatório que lembra que , com a inflação a descer de 11,5 por cento para 9,3 até abril, os preços dos alimentos tiveram um aumento de quase 22% em dezembro.

O Governo angola não reagiu ao relatório.

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