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Cem dias de Nyusi: conflito político com a Renamo e falta de orçamento


O Presidente moçambicano Filipe Nyussi completou no passado dia 25 de Abril os primeiros 100 dias da sua governação, marcados, entre outros obstáculos, pela continuação do conflito político com a Renamo e a falta de orçamento, ainda em debate na Assembleia da República.

Conflito político com a Renamo e falta de orçamento marcam 100 dias da presidência de Nyusi

Alguns sectores da sociedade moçambicana reconhecem algum esforço feito pelo presidente Filipe Nyussi para a busca da paz, mas afirmam que, em termos de cumprimento das promessas feitas durante a campanha eleitoral, o seu desempenho ainda deixa muito a desejar.

No entanto, o sociólogo Moisés Mabunda considera bastante difíceis os primeiros 100 dias da governação do Presidente, fundamentalmente porque só depois de ter assumido a presidência da Frelimo é que encontrou espaço para começar a implementar as suas ideias.

Mabunda afirmou que "o que temos estado a ver nestes primeiros 100 dias é uma espécie de gestão até vir o orçamento, até que a situação se normalize para uma boa governação do país".

Analistas dizem que um dos principais obstáculos à governação e que poderá prosseguir nos próximos tempos é a tensão política que se vive no país, uma vez que não é credível que o Parlamento aprove a proposta da Renamo para a criação de autarquias provinciais.

Para elas, se a saída do Presidente Armando Guebuza do poder significou um novo começo para o Filipe Nyussi, a crise com a Renamo persiste e sem sinais de resolução. Seis meses depois das eleições gerais o partido de Afonso Dhlakama não reconhece o resultado e continua a alegar fraude generalizada.

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