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Costa do Marfim: Confrontos em Abidjan fazem dezenas de mortos


Costa do Marfim: Confrontos em Abidjan fazem dezenas de mortos
Costa do Marfim: Confrontos em Abidjan fazem dezenas de mortos

As Nações Unidas afirmaram que necessitam de mais dinheiro para ajudar os civis deslocados pelos renovados confrontos

As Nações Unidas afirmaram que necessitam de mais dinheiro para ajudar os civis deslocados pelos renovados confrontos na Costa do Marfim que causaram a morte de pelo menos 25 pessoas.

As Nações Unidas afirmaram que pelo menos 25 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas quando tropas leais ao presidente cessante Laurent Gbagbo dispararam morteiros contra um mercado de Abidjan.

O mercado situa-se num bairro que se encontra sob o controlo de apoiantes do presidente eleito reconhecido internacionalmente, Alassane Ouattara.

Mais de 430 civis morreram desde Dezembro passado devido à crise política. De acordo com as Nações Unidas, mais de 75 mil marfinenses refugiaram-se na Libéria e outros 45 mil deslocaram-se para as províncias ocidentais do país onde apoiantes de Ouattara continuam a confrontar-se com tropas leais a Gbagbo.

Com mais de 300 mil pessoas deslocadas em Abidjan, o coordenador das operações humanitárias da ONU na Costa do Marfim, Ndolamb Ngokwey, afirmou que a situação estava a deteriorar-se rapidamente: “ a situação humanitária na Costa do Marfim é muito séria e está a piorar. O número de pessoas deslocadas aumentou 10 vezes desde Dezembro.”

Ngokwey afirma que as agências da ONU precisam de mais verbas para fazer frente ao problema do número cada vez maior de refugiados e de pessoas deslocadas internamente: “ com o crescendo da violência nos últimos 10 dias estamos a começar a ter pela frente mais desafios no que se refere ao acesso a populações vulneráveis.
Por outro lado as estruturas supostamente destinadas a responder às crises humanitárias encontram-se elas próprias fragilizadas".

A primeira vaga de refugiados marfinenses estão a viver com famílias liberianas. Contudo as comunidades locais já não podem absorver novas vagas. Moustapha Soumaré , o coordenador humanitário da ONU na Libéria afirmou que na semana passada, só em três dias mais de 40 mil marfinenses fugiram para o país vizinho por causa dos confrontos na região fronteiriça.

Sem uma solução da crise política, sublinhou Ngokwey, a crise humanitária só poderá agravar-se ainda mais: “ enquanto essa situação não for resolvida, enquanto houver impasse político e radicalização das posições a violência poderá passar dos arredores para a cidade de Abidjan propriamente dita aprofundando ainda mais a crise humanitária.”

A crise politica marfinense foi debatida por uma série de medianeiros, os últimos dos quais uma série de presidentes africanos que deram o seu aval a Ouattara como presidente devidamente eleito.

Ouattara está agora a propor a Gbagbo a criação de um governo de unidade nacional, de uma comissão da verdade e reconciliação e de forças armadas unificadas como a última hipótese de resolver a crise pacificamente.

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