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Kabangu reforça liderança e promete abertura a dissidentes


Vista geral do II Congresso do FNLA
Vista geral do II Congresso do FNLA

Esta reunião dos "irmãos" contraria uma decisão do Tribunal Constitucional que atribuía a Lucas Ngonda a chefia do partido

A FNLA de Ngola Kabangu acaba de realizar o III Congresso, reunindo cerca de 1450 delegados para debater sobre o Estatuto e demais questões inerentes ao futuro do partido fundado por Holden Roberto.Ngola Kabangu venceu as eleições com 894 votos favoráveis e 34 contra.São resultados definitivos, de acordo com responsáveis da Comissão Eleitoral, assim especificados:894 votos a favor de Ngola Kabangu;34 votos a favor de Paulo Neleõ;56 votos nulos;140 delegados deixaram a sala antes do período da votação;1450 delegados previstos;1124 delegados com participação efectiva.

Ngola Kabangu
Ngola Kabangu

Esta reunião, que contou com segurança policial,congregou militantes de distintas proveniências, aqui excepção da diáspora que não se faz presente por razões de ordem financeira. Alaxandre Neto

Dois concorrentes todos eles veteranos do partido, apresentaram-se para a liderança do partido: Paulo Neleõ e Ngola Kabangu. Entrevistamos este último no intervalo duma das sessões. Disse-nos que após a sua vitória, perspectiva abrir-se mais aqueles militantes que por alguma razão se tenham zangado devido a questões que tiveram haver com a gestão corrente. Sem citar nomes, sublinhou que não o fará para com os outros que designa de dissidentes da visão ideológica.

Esta reunião dos "irmãos" parece contrariar uma decisão do Tribunal Constitucional que atribuía a Lucas Ngonda a chefia do partido enquanto 1º Vice-presidente,na sequência dum entendimento interno alcançado em 2004 com Holden Roberto.

Com todas as dificuldades logísticas e financeiras,dificilmente se ignorará a simbólica presença no Cine S. João de gentes que se disseram ter vindo de todas as partes do país. Onde recairá o peso da decisão judicial,perante a vontade dos militantes da FNLA? Foi esta a pergunta que coloquei a William Tonet.Este jurista e jornalista recorreu à história para lembrar uma decisão do tribunal belga para um caso semelhante do partido de Patrice Lumumba, no Congo.

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