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Angola: PR anuncia remuneração suplementar três dias antes da greve geral da Administração Pública


Presidente angolano João Lourenço, Palácio Presidencial, Luanda, 25 janeiro 2024
Presidente angolano João Lourenço, Palácio Presidencial, Luanda, 25 janeiro 2024

Três dias antes do início da segunda fase da greve geral da Administração Pública em Angola, Presidente da República decretou uma remuneração suplementar de 30 mil kwanzas (cerca de 35 dólares) aos funcionários públicos e agentes administrativos partir do dia 1 de Junho.

Os sindicatos reafirmam que greve geral realiza-se de 22 a 30 de abril.

O diploma assinado por João Lourenço estabelece igualmente que o pessoal da carreira docente do Ensino Superior e da de investigador científico passa a ter direito a remuneração suplementar também a partir de 1 de Junho.

O decreto assinado por João Lourenço indica também que os médicos e pessoal de saúde militares podem optar pelo regime remuneratório do pessoal integrado nas respectivas carreiras profissionais do pessoal civil do sector da Saúde.

Como a Voz da América noticiou anteriormente, as centrais sindicais Força Sindical, a Confederação Sindical e Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola anunciaram o início da segunda fase da greve geral na segunda-feira, 22, com a duração de oito dias.

Elas exigem a definição do salário mínimo de 100 mil kwanzas, o equivalente a 105, 108 dólares, a atualização dos salários da Administração pública, redução da carga fiscal, em concreto o imposto do rendimento do trabalho, que incide sobre os nossos salários e inclusão da representação dos trabalhadores na gestão do Instituto da Previdência Social.

Num comunicado hoje, as centrais sindicais dizem ter recebido "com perplexidade" a decisão de João Lourenço e "consideram, por outro lado, que a posição unilateral do Governo de determinar o que deve ou não oferecer aos trabalhadores, independentemente do custo de vida e do nível de inflação, reflete a indiferença do Governo com as preocupações reais dos trabalhadores".

Para as centrais sindicais, o anúncio "não responde às preocupações inscritas no caderno reivindicativo".

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